quinta-feira, 31 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Tristeza

“Porque a tristeza, segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo gera a morte.”
— Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 7, versículo 10.)

domingo, 27 de março de 2011

Linda melodia

Você me olhou, e eu transformei, tudo aquilo que eu sentia na mais linda melodia .

Manoela Gavassi

E talvez

você esteja me segurando, como eu estou segurando esses balões. eu não quero que eles sejam livres, eu quero eles aqui sempre ao meu lado. mas você não está me segurando pelo mesmo motivo que eu seguro à eles. você nem sabe que está me segurando, mas está. estou presa à você, estou prendendo a minha felicidade à você. se você sorrir eu irei sorrir, mas se você não estiver bem, eu também não estarei. e quando eu não te vejo, eu não consigo achar a minha felicidade. eu queria poder me soltar de você e te esquecer, queria que fosse fácil como soltar os balões que estou segurando.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Advinha o quanto te amo....

Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do Coelho Pai.
Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava ouvindo.
- Adivinha quanto eu te amo? - disse ele.
- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.
- Tudo isso - disse o Coelhinho, esticando seus bracinhos o máximo que podia.
Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:
- E eu te amo tudo isto !
Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
- Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.
- E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos assim.
Então o Coelhinho teve uma boa idéia. Ele se virou de ponta cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
- Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés!
- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés - disse o Coelho Pai balançando o filho no ar.
- Eu te amo a altura de meu pulo! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá.
- E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos das árvores.
- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.
- Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho.
Ele estava sonolento demais para continuar pensando.
Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite.
Nada podia ser maior do que o Céu.
- Eu te amo ATÉ A LUA! - disse ele, e fechou os olhos.
- Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo!
O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de Boa Noite.
Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:

- Eu te amo até a lua...IDA E VOLTA !

(Fábula de Sam Mc Bratney)